A vigorexia tem sido um grande problema entre jovens, principalmente homens, e muitas vezes desconhecida. Já sabemos que o termo é dado para o transtorno dismórfico muscular, um problema psicológico que faz com que os pacientes se enxerguem fracos e sem músculos, quando são fortes e musculosos.

O Clipping Comentado ouviu o personal trainer e atleta Marco Rebucci que relatou já ter vivido a vigorexia. Hoje, totalmente distante da situação vivida no passado o atleta orienta quais as medidas e como os jovens podem atingir resultados satisfatórios sem passar pela síndrome.

CLIPPING COMENTADO – Você já teve uma experiência próxima de vigorexia?

MARCO REBUCCI – Eu já passei por isso. E sempre me comparava com atletas de alto nível e quando a gente fica muito tempo olhando esses corpos, principalmente quando estamos iniciando comparamos com o nosso corpo e acabamos vendo que estamos muito longe daquele nível  que comparamos e que queríamos  chegar. Sempre me perguntava como esse cara chegou a este corpo se eu também treino e faço dieta e não estou assim.

CLIPPING COMENTADO – E quando você percebeu de fato que algo estava errado?

MARCO REBUCCI – Eu trabalhava como modelo e em seguida me tornei personal trainer e continuei com essa ilusão de sempre querer mais, pois pensava é minha profissão eu tenho que estar sempre melhor. Foi numa competição de fisiculturismo que compreendi que estava vivendo o extremo de uma situação que eu demorei para compreender.  Não foi uma experiência bacana. Eu estava com o corpo muito legal, porém mentalmente eu não estava bem. Aquele momento me levou ao ápice e me fez compreender que não era normal e que não queria mais viver aquilo. Foi aí que tudo mudou e pude entender que sim estava com o corpo legal e que não dava mais para viver com as comparações.

CLIPPING COMENTADO – E depois disso você teve contato com outras pessoas com vigorexia?

MARCO REBUCCI – No mundo da musculação isso é mais comum do que imaginamos. Quando a pessoa chega em um nível acaba acontecendo a comparação.

CLIPPING COMENTADO – Como isso pode afetar os jovens?

MARCO REBUCCI – Trocar uma vida sedentária ou noturna por musculação é mais saudável, muitas pessoas que acabam desenvolvendo a vigorexia vieram de uma vida não muito saudável, no caso muitos jovens. Não deixando virar uma fixação , ainda acaba sendo melhor trocar a o álcool, drogas e cigarro, por exemplo, por exercícios físicos e musculação. Tudo na medida certa.

CLIPPING COMENTADO – Qual a importância do acompanhamento de um profissional da educação física para que casos de distúrbios não aconteçam?

MARCO REBUCCI – O acompanhamento é fundamental, o profissional sempre tem que ficar de olho para analisar corretamente como esta sendo o comportamento do aluno. Para que não haja abusos de treinos, suplementos e dietas.

CLIPPING COMENTADO – Qual o conselho que você deixa para a garotada que esta iniciando um treino agora com esse sonho de ser algo ainda longe da realidade?

MARCO REBUCCI – Que os jovens se respeitem e que busquem orientadores para mostrar o caminho a ser percorrido.  É necessário muito cuidado para que não se depare com uma depressão por não atingir o objetivo que almejava. Ter alguém acompanhado todas as fases é fundamental para que o jovem consiga chegar ao desejado sem grandes desilusões e perdas.