Como é a vida de um criador de conteúdo? Dá pra ganhar grana? Vamos te contar tudo…

O Clipping Comentado bateu um papo muito legal sobre redes sociais com o criador de conteúdo Dan Loth. Ele nos contou como as redes surgiram em sua vida e se realmente essa nova profissão (diríamos assim) trás lucros financeiros.

Entao você que pensa em trabalhar ou entrar de cara nesse mundo, dá uma olhadinha no nosso bate-papo!

CLIPPING COMENTADO – Como a rede social surgiu em sua vida?

DAN LOTH – Com o MSN Messenger em 2002, muito antes de surgir essa ideia de rede e mídia social. Se hoje tudo vai pros stories, na época, as indiretinhas e os recados eram postados no subnick do MSN. Abri o Orkut em 2004, quando só entrava quem recebia um convite. No início era permitido publicar apenas 12 fotos, pra postar uma nova, tinha que apagar uma antiga.

Os scraps coloridos e bregas eram os posts de hoje, e os depoimentos eram a única forma de enviar uma mensagem no privado, desde que, quem recebesse, visse mas não aceitasse o “depô”.

Viciei. Lotei 3 perfis no Orkut. Gente da escola, da igreja, amigos de amigos, estranhos, povo das 4 cidades que eu havia morado no Paraná. Surgiram as comunidades e ouvi boatos de que alguns criadores já estavam ganhando dinheiro vendendo as grandes. Criei 16 comunidades e ajudei a moderar diversas outras. Não cheguei a vender, mas comecei a entender o que era tráfego na internet. Surgiu o Facebook, o Orkut morreu.

CLIPPING COMENTADO – Quanto tempo faz que você se dedica às redes?

DAN LOTH – Desde que abri meu Orkut em 2004. Eu não via como um site pra me relacionar com amigos íntimos, eu usava a ferramenta pra conhecer amigos novos.

Encontre o influenciador nas redes sociais – INSTAGRAM – @danloth

Em 2008, ainda no Orkut, eu já administrava contas e comunidades da minha igreja, do meu trabalho e de algumas figuras públicas na minha cidade. 2 anos depois, migrei tudo pro Facebook.

CLIPPING COMENTADO – Em média quanto tempo você fica ligado no Instagram? 24 horas?

DAN LOTH – Tive que desativar as notificações. Em 2012 eu já estava em Mato Grosso quando entrei pro Instagram. Muita gente daqueles 3 perfis lotados do Orkut e das 5 cidades que morei me encontraram, e minha conta cresceu rápido. No início, apitava, e eu já corria ver. Hoje tenho rotina pra publicar, mas continua sendo a rede social favorita que mais acesso durante algumas horas por dia!

CLIPPING COMENTADO – Já conseguiu ganhar grana?

DAN LOTH – Meu primeiro recebido foi um saco de pedras! Mas bem antes disso, há 7 anos, consegui tornar o Facebook e o Instagram a minha principal fonte de renda. Eu administrava e criava conteúdos para contas de terceiros, empresas e principalmente figuras públicas da política.

Até o início de 2020, na minha própria conta eu contava os bastidores do meu trabalho, falava mais dos outros que de mim mesmo. Postava conteúdos interessantes da internet e indicava programações na minha cidade.

Na pandemia tudo parou e não havia graça postar o home office de todo dia. Comecei a me filmar fazendo atividades domésticas. Cozinhei mesmo sem saber e joguei água dentro de casa fazendo faxina. Uma empresária de uma floricultura assistiu quando fiz jardinagem cavocando a terra com uma colher e me mandou um saco de pedras pra finalizar o serviço. Foi meu primeiro recebido!

Até que fui chamado pra primeira parceria, em que, pra postar propaganda nos meus stories, eu ganharia um “valor x” e consumiria de graça num barzinho da minha cidade. Foi minha primeira publi!

Como sempre escrevi roteiro ao fazer minhas publicidades, pra me diferenciar de quem simplesmente abre a sacola e mostra tudo, os conteúdos comerciais foram bem aceitos pelas pessoas, e principalmente aprovados pelos comerciantes que cada vez mais começaram a querer aparecer no meu insta. Quando não recebo dinheiro, ganho presentes, e esses recebidos barateiam meu custo de vida.

Desde o início de 2021, já surgiram muitas parcerias pagas, recebidos até de outros estados, contratos fixos e até comercial pra TV! Meu instagram só não vira meu principal trabalho hoje porque gosto de trabalhar com criação de imagem, promovendo pessoas, então é no perfil de figuras públicas da política que mais me dedico.

Hoje me tornei o personagem do meu próprio instagram, e minha audiência nos stories sobem muito toda vez que me dedico pra contar histórias tipo gibi, usando imagens e legendas. Fujo dos vídeos longos, tento ser autêntico, realista e bem humorado, e já entendi que o meu público é adulto e tieta pouco, mas tem poder pra consumir. Ou seja, são adultos que não comentam elogios e nem me bajulam, mas que compram minhas indicações. Esse é o valor da minha conta.

CLIPPING COMENTADO – O que você pretende para o futuro? Montar um canal ou se dedicar ao Instagram?

DAN LOTH – Definitivamente, não vou pro youtube. Acho interessante o trabalho dos criadores de lá e admiro e consumo também essa nova onda de podcasts. Mas não me vejo em nenhum deles.

Espontâneo o influenciador mostra seu cotidiano e suas #publi diariamente nas redes…

Quando o Instagram saiu do ar recentemente, muitos criadores que só trabalham com o Insta se sentiram ameaçados. Eu também. Lembrei do Orkut, que saiu do ar quando eu tava começando a ter resultado e confirmei pra mim mesmo a minha decisão de não viver do meu Instagram, que nem é tão grande, mas mesmo assim vou continuar investindo enquanto ele existir.

Sempre fui fascinado por TV e rádio e vou ficar satisfeito se um dia esse meu caminho na comunicação me levar pra um desses destinos. Talvez não pra aparecer na frente das câmeras ou atrás dos microfones, já que não sou um comunicador formal, mas criar roteiros e conteúdos para os programas já me faria muito feliz.

CLIPPING COMENTADO – Algo que você aprendeu e que pode servir como dica?

DAN LOTH – O segredo está em publicar bons conteúdos, e a maior audiência hoje está nos stories. Sua interação em outros perfis ou, se der sorte, algum conteúdo que viralize é o que vai atrair as pessoas, que vão visitar seu perfil e devem ser atraídas pelo seu feed, que precisa estar sempre organizado, mas são seus stories que vão criar conexão com essas pessoas. Stories são histórias, e essas pequenas histórias que você contar devem ter começo, meio e fim, tipo uma redação que você conta com fotos, vídeos e legendas: onde eu tô indo, quando eu cheguei, com quem eu tô, e o que tô fazendo. E se nessa história algo der errado, publique mesmo assim, e você estará entregando o conteúdo que as pessoas mais gostam de assistir: perrengues!

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